Ana

Sílvia

Faustino


Psicanalista - psicóloga CRP: 06/94795

Topicos Interessantes

Não Consigo Dizer Não !

Em nosso cotidiano temos a oportunidade de vivenciar diferentes situações, algumas nos fazem sentir bem, outras, no entanto são muito desgastantes. O que nos difere uns dos outros enquanto seres humanos é a forma como lidamos com as estas situações. Muitas pessoas reagem sempre da mesma forma, sem pensar, dizendo sim a tudo e não expressando suas opiniões. Esta atitude pode provocar sofrimento a elas e às pessoas com quem convivem no dia-a-dia. Os motivos que levam as pessoas a agirem assim são chamados de fatores inconscientes, responsáveis pela maioria de nossas atitudes impensadas. Muitas pessoas se queixam da dificuldade em dizer não e podemos pensar um pouco no que as levam a agir assim. Talvez pensem: Será que se eu disser não as pessoas não vão gostar mais de mim? O medo de ser rejeitado e não ser amado faz com que a pessoas passem por cima de seus sentimentos e realizem ações que por vezes ultrapassam seu limite de aceitação. Pessoas assim normalmente são muito exigentes consigo e com os outros e esperam que seu “sacrifíco” seja reconhecido, por isso, muitas vezes vivem com raiva, sentindo-se frustradas e até podem agir agressivamente, distanciando com esta atitude as pessoas que ama. Pensando que pode onipotentemente satisfazer o outro em tudo vivem relações sufocantes. Estas atitudes demonstram dificuldade em expressar sua opinião e sentimentos. É preciso parar e rever o porquê de não se posicionar, a psicoterapia ajuda o paciente a conhecer-se, libertar seus pensamentos e desejos reprimidos. O psicólogo por sua vez, através de uma escuta sem julgamento ou preconceitos conduz o paciente a um mergulho em seu inconsciente, por meio da fala, ou seja, falando tudo o que lhe vier à mente o paciente pode aproximar-se cada vez mais de seus pensamentos inconscientes.

DEPRESSÃO

O QUE É DEPRESSÃO? Muitas vezes usamos a palavra depressão para descrever nossos sentimentos, é comum nos sentirmos mais ou menos felizes em determinadas situações, porém a depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente, é uma doença que, como qualquer outra, precisa ser tratada. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou até cobrarem tentativas de reagir, distrair ou se divertir para superar os sentimentos negativos. Normalmente esta atitude tem efeito contrario, se o amigo realmente quer ajudar o importante é ouvir a pessoa que se sente deprimida. Depressão é uma doença que compromete a pessoa como um todo, o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento. A Depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa e reflete sobre as coisas. A Depressão é, portanto, uma doença afetiva ou do humor, não é simplesmente estar na "fossa" ou com "baixo astral" passageiro. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço. Para a pessoa deprimida, tudo parece ser difícil e cansativo não consegue reagir e melhorar por conta própria, por mais que tente. Nestes casos, a avaliação por um profissional e o conseqüente tratamento é o caminho adequado na busca do bem estar. Todas as pessoas passam por dificuldades na vida, a tristeza faz parte da vida psicológica. Porém quando além da tristeza a pessoa passa a não funcionar, ou funcionar com dificuldade tendo sua vida comprometida, podem ser indícios de que esteja sofrendo de depressão. É comum ficar triste e pesaroso quando se perde um ente querido, porém pensar em suicídio, ficar triste um ano inteiro, ou deixar de fazer suas atividades rotineiras vai muito além de uma tristeza normal. QUAIS AS CAUSAS DA DEPRESSÃO? Não existem causas bem definidas para a depressão e, sim, uma soma de múltiplos fatores genéticos, psicológicos e ambientais que podem variar de pessoa para pessoa, de acordo com uma tendência maior ou menor para a doença. Em algumas famílias, a depressão pode ocorrer de geração em geração. Mas também pode manifestar-se em indivíduos que não possuem nenhum histórico familiar dessa doença. Freqüentemente a depressão está associada à redução ou ao excesso de certas substâncias neuroquímicas. Pessoas com baixa auto-estima, que vêem sistAquariusticamente a si mesmas e ao mundo com pessimismo, ou que se deixam facilmente abater pelo estresse, são predominantemente depressivas. Uma perda importante, uma doença crônica, conflitos de relacionamento, dificuldades financeiras ou qualquer alteração indesejada na vida também podem desencadear episódios depressivos. COMO A PSICOTERAPIA PODE AJUDAR? Existem várias formas de se tratar a depressão. Comumente se faz necessário o uso de medicamentos associados à psicoterapia, embora, em casos mais leves esta possa ser o único tipo de tratamento. A psicoterapia psicanalítica é uma técnica terapêutica inspirada na teoria psicanalítica que visa proporcionar ao paciente um melhor entendimento do seu funcionamento mental e a resolução de seus conflitos internos. Através de um processo gradual em um ambiente seguro e confidencial, o paciente é convidado a explorar seus sentimentos, pensamentos e fantasias de forma a buscar a compreensão de seu sofrimento mental.

Medo do desconhecido, porque enfrentá-lo?

Um ano termina, outro começa e junto com ele muitos questionamentos: Como será o novo ano? O que vai mudar em minha vida? O que me espera? Serei capaz de cumprir com os compromissos que assumi? Se pararmos para pensar: O que muda com a chegada de um novo ano? Os questionamentos que temos neste período não são diferentes daqueles com os quais nos deparamos a cada novo dia. Basta abrirmos os olhos e veremos diferentes situações em que temos que nos deparar com o novo, com o que não é conhecido e que de certa forma não sabemos o que esperar e como agir. Um novo ano escolar se inicia, pais e filhos estão atarefados em planejar o inicio ou a volta às aulas; livros cadernos e uniformes, aquela correria.... Chegou a hora de ir para a escola, tudo pronto, porém a criança desanda a chorar e se recusa a ir. E agora, que fazer? O que a criança sente não difere muito do que um adulto em uma entrevista ou em seu primeiro dia de um novo emprego ou do inicio de uma viagem a um local nunca visitado, entretanto a criança está sendo apresentada ao mundo e o adulto está revivendo sentimentos de acordo com a historia de vida e os recursos emocionais que possui. Uma criança pequenina que talvez nunca tenha saído de casa sem seus pais ao freqüentar a escola pela primeira vez poderá sentir que ficará em um lugar diferente, "sozinha" com pessoas que não conhece. Ou uma criança que já esta acostumada a ir à escola, e de repente demonstra-se muito ansiosa ao retornar, é hora de pensar se alguma coisa mudou na sua vida como: a própria escola, os professores, o ciclo de ensino, o retorno após longo período de férias com dedicação total dos pais, doença de alguma pessoa da família, divórcio dos pais, muitas atividades extracurriculares, notas baixas no ano anterior o que pode gerar medo de fracassos futuros e de não corresponder às expectativas dos pais. Estas situações podem gerar tanta apreensão e ansiedade como em um adolescente que precisa escolher o que irá cursar na faculdade e depois enfrentar muitos outros novos desafios que o deixarão assustado e cujo "choro" se manifesta de forma diversa e complexa gerando incompreensão por parte dos pais. Se continuarmos pensando vamos encontrar inúmeras situações em que nos deparamos com nossas angústias, nas situações citadas acima enquanto a criança ou o adolescente vivem seus conflitos os pais, professores também estão lidando com os seus. A renomada escritora Clarisse Lispector no livro "A descoberta do Mundo", aponta com clareza de qual angustia estamos falando: o medo do desconhecido. Um trecho de sua obra expressa: "- Não, ela não queria ser feliz. Por medo de entrar num terreno desconhecido". O medo do desconhecido faz parte das nossas vidas, precisamos aprender com nossas experiências emocionais e aprender só é possível quando se tem capacidade de tolerar e conviver com turbulências. Só permitindo o sofrimento é que podemos transformá-lo em um pensamento reflexivo e criativo, este processo de elaboração poderá ser vivido através da análise pessoal, onde a dupla paciente e psicoterapeuta caminham em busca do crescimento. O trabalho analítico é um encontro de inconscientes é preciso que o paciente se permita entrar em contato com suas questões e que o psicoterapeuta funcione como "continente", acolhendo, decodificando, elaborando e devolvendo ao paciente o que ele esta percebendo. Para crescer é preciso enfrentar o desconhecido, fugir de pensar as próprias dores, não leva ao desenvolvimento e faz com que a pessoa se afaste de si e se deixe abalar pelas pressões externas.

Filhos biológicos também precisam ser "adotados"

Imaginar que a adoção refere-se somente a filhos não biológicos pode ser um engano e a idealização de filhos que serão do jeito que eu quero que sejam pode ser a origem da insatisfação e infelicidade de muitas famílias. A maternidade, a paternidade e a construção de uma família pela chegada dos filhos, além da alegria e sentimento de realização podem dar origem a algumas situações, que passam despercebidas e no futuro serão causas de insatisfação. Fantasias e expectativas não realizadas quase sempre estão presentes em tais situações. A chegada do filho cria a figura do "herdeiro" e as fantasias e as expectativas fazem com que pais e mães construam "castelos" que acabam enclausurando seus filhos em traumas de consciência que muitas vezes os acompanham por toda a vida gerando infelicidade e insatisfação. Um filho não vem ao mundo para resgatar um casamento que não vai indo bem, ou substituir um ente querido que se foi. Há que se entender que este novo ser tem seus próprios desejos, anseios e que são e precisam ser diferentes dos de seus pais. Para Freud em Romances Familiares (1909) "Ao crescer, o individuo liberta-se da autoridade dos pais, o que constitui um dos mais necessários, ainda que mais dolorosos, resultados do curso do seu desenvolvimento." Idealizar um filho homem e receber uma menina, idealizar um filho saudável e receber um bebezinho que não corresponde a este ideal são situações do mundo que vivemos e não do mundo que sonhamos. Para alguns pais viver mundo dos sonhos é a única forma possível, a filha menina é uma frustração e a criança que necessitará cuidados especiais é um pesadelo. A primeira reação é a de que o mundo desabou em nossas cabeças, todos os sonhos caem por terra, surgem então muitas perguntas: Como será a vida dele? Ele vai sofrer? Serei capaz de cuidá-lo? Com o tempo uma nova relação se estabelece, agora sim com o filho que nasceu e não com o filho que queríamos que nascesse e ai pode-se aproveitar as alegrias da maternidade e da paternidade. Muitas vezes é um trabalho duro e que a psicoterapia pode ajudar neste momento. Em outros casos os "castelos" desmoronam, quando os filhos crescem e realizam suas escolhas e que são diferentes (ou até, muito diferentes) das expectativas de seus pais, seja em pequenas coisas como não querer tomar o leitinho que a mamãe fez, ou vestir a roupa que ela escolheu, ou em situações mais complexas como escolhas de uma nova profissão, da orientação sexual, religiosas. Novamente o mesmo sentimento: Tudo que fiz foi por água a baixo, tanto investimento, tantas noites sem dormir, onde foi que eu errei.... Adotar o filho que temos significa abandonar o mundo das idealizações, nossos planos embora feitos com afeto e carinho precisam comportar os desejos e anseios do outro, nossos filhos precisam entender e validar suas escolhas de forma que assumam as responsabilidades e conseqüências das mesmas, pensando suas questões e conquistando seus caminhos, o filho que temos pode não ser o que queremos, mas ele é capaz de fazer escolhas diferentes das nossas e que muitas vezes não concordamos e podemos até achar que não é a melhor opção, pois ao nosso ver ele ira sofrer... No espaço terapêutico muitas questões podem ser pensadas, o que hoje parece uma situação "inconcebível", "inaceitável" pode ser vista de outra forma, o importante é que pais e filhos através do pensamento possam elaborá-las e assim pais e filhos podem estar mais inteiros e fortalecidos nesta relação tão necessária e dolorosa que é os crescimento.

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